O papel da cor rosa na infância da menina
O rosa é, há décadas, associado a imagens culturais e sociais que moldam a forma como o percebemos. Na infância, para muitas meninas, ele é símbolo de acolhimento e suavidade. Mas, ao chegar à adolescência, surge a rejeição: é comum que o rosa seja deixado de lado, muitas vezes em busca de afastamento de estereótipos de gênero, ou até como uma forma de afirmar identidade e independência.
Essa teoria tem sido discutida nas redes sociais e fóruns de comportamento. Pesquisadores como a psicóloga experimental Domicele Jonauskaite identificaram que o apreço pela cor rosa atinge o ápice por volta dos 5 ou 6 anos de idade, diminuindo com a entrada na adolescência — fase marcada por uma busca intensa por pertencimento e construção de uma identidade própria.
Nesse período, evitar o rosa pode significar um gesto simbólico de resistência aos modelos tradicionais impostos, um modo de expressar autonomia ou romper com padrões considerados “infantis”. O movimento é coletivo: muitas adolescentes relatam essa mudança espontânea, muitas vezes sem perceberem que fazem parte de um comportamento social mais amplo.
O retorno ao rosa: o resgate sem estereótipos
Curiosamente, ao chegar à vida adulta, é cada vez mais comum que muitas mulheres redescubram a cor e o incorporem novamente aos seus estilos pessoais. Agora, porém, não mais como um símbolo imposto, mas como uma escolha consciente — uma cor que representa alegria e delicadeza.
Em discussões recentes no Reddit e em publicações no TikTok, muitas mulheres compartilham relatos de como “voltaram a amar o rosa” após anos evitando-o. Esse retorno não significa uma rendição a estereótipos femininos, mas sim uma nova relação com a cor — livre, autônoma e alinhada com a própria visão de mundo e estilo.
A cor rosa, portanto, ressurge como uma ferramenta de expressão pessoal, e não como um marcador de feminilidade. Pode transmitir força, suavidade, ironia ou elegância, dependendo de como é usada. Essa mudança de percepção acompanha transformações culturais maiores, que vêm repensando os papéis de gênero, as cores e o que elas representam socialmente.
Rosa como expressão pessoal e liberdade
Hoje, mais do que nunca, o rosa está em alta na moda, na decoração e no design — não como símbolo de um estereótipo, mas como uma cor que se adapta a diferentes propostas, da mais minimalista à mais extravagante. Ele pode ser sinônimo de conforto, potência ou acolhimento, dependendo do tom, do tecido e da intenção.
É importante destacar que, ao falarmos desse “ciclo do rosa”, não se trata de uma
regra universal. Cada mulher possui uma relação única com
cores e estilos — e esse é o ponto mais relevante: a
liberdade de escolher, reinterpretar e vestir aquilo que faz
sentido para si mesma.
Como o rosa aparece na Sem Costura
Na Sem Costura, reconhecemos essa pluralidade e oferecemos diversas peças em tons de rosa que se adaptam à rotina e ao estilo da mulher moderna. A nossa proposta é simples: que o rosa esteja onde e como você quiser, como uma escolha livre e autêntica.
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